Outra vez os setores calçadista e de confecções, que já sofrem com o câmbio depreciado, foram prejudicados no Mercosul.
Ontem, na reunião de Cúpula de Presidentes, realizada em Assunção, o presidente Lula editou medida provisória que permite a legalização dos sacoleiros brasileiros. Agora, para se abastecer no comércio paraguaio, o sacoleiro precisará abrir sua micro-empresa, sendo enquadrado no Simples. Com isso, receberá autorização para comprar no país vizinho uma cota anual de mercadorias, que pode chegar a R$ 240 mil. Na prática, a decisão de Lula significa o fortalecimento do comércio informal e o enfraquecimento da indústria brasileira.
Encontrar uma solução para os sacoleiros e o comércio irregular nas cidades era preciso, mas novamente o governo federal pensou apenas na sua arrecadação e esqueceu de setores importantes da economia, geradores massivos de mão-de-obra.
Mesmo assim, o Paraguai vetou o pedido do Brasil para que o Mercosul elevasse a tarifa de importação de calçados e confecções da China para 35%. Ou seja, cedemos sem ganhar nada em troca, pois com o veto paraguaio, caiu por terra o sonho da indústria brasileira de ver criada uma barreira, ainda que pequena, à entrada desenfreada de produtos chineses.
No final, quem ganhou com a medida provisória de Lula foi a China, que seguirá derramando seus produtos (muitas vezes falsificados), com o apoio do Paraguai.
Bom final de semana a todos.
Ontem, na reunião de Cúpula de Presidentes, realizada em Assunção, o presidente Lula editou medida provisória que permite a legalização dos sacoleiros brasileiros. Agora, para se abastecer no comércio paraguaio, o sacoleiro precisará abrir sua micro-empresa, sendo enquadrado no Simples. Com isso, receberá autorização para comprar no país vizinho uma cota anual de mercadorias, que pode chegar a R$ 240 mil. Na prática, a decisão de Lula significa o fortalecimento do comércio informal e o enfraquecimento da indústria brasileira.
Encontrar uma solução para os sacoleiros e o comércio irregular nas cidades era preciso, mas novamente o governo federal pensou apenas na sua arrecadação e esqueceu de setores importantes da economia, geradores massivos de mão-de-obra.
Mesmo assim, o Paraguai vetou o pedido do Brasil para que o Mercosul elevasse a tarifa de importação de calçados e confecções da China para 35%. Ou seja, cedemos sem ganhar nada em troca, pois com o veto paraguaio, caiu por terra o sonho da indústria brasileira de ver criada uma barreira, ainda que pequena, à entrada desenfreada de produtos chineses.
No final, quem ganhou com a medida provisória de Lula foi a China, que seguirá derramando seus produtos (muitas vezes falsificados), com o apoio do Paraguai.
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