Nesta quarta-feira, Evo Morales deve anunciar que a Bolívia assumirá o controle pleno da produção interna, comercialização e exportação de petróleo e gás, com a entrada em vigor de novos contratos com as multinacionais do setor.
Assim, a nacionalização põe em prática os efeitos do decreto de retomada das instalações de petróleo e gás assinado em outubro de 2006 pelo governo boliviano. No meio dessa decisão que atinge as multinacionais que lá atuam, estão os interesses do Brasil, com duas refinarias de petróleo na Bolívia.
Tem direito de tomar a decisão que entender melhor para seu País Evo Morales, assim como tem obrigação de lutar até mesmo em foros internacionais por seus direitos, entre eles o ressarcimento pelos investimentos lá realizados, o governo brasileiro.
O Brasil não pode aceitar nada menos que os valores de mercado por suas refinarias por conta da insegurança jurídica que reina na Bolívia desde a posse de Morales. E o governo Lula, ao misturar amizades pessoais com assuntos nacionais, pode aceitar um novo prejuízo em nome dos direitos bolivianos. E isso não é correto com a Petrobras e, sobretudo, com o povo brasileiro, que espera ver seu presidente defendendo os interesses de seu País, e não de amigos da esquerda.
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