Apresentei ontem na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional uma moção de repúdio à decisão de Hugo Chávez de fechar a rede RCTV, no último domingo. A solicitação deve entrar na pauta da comissão na próxima semana e, se aprovada, será encaminhada ao Ministério das Relações Exteriores, que encaminhará o protesto ao governo venezuelano.
Na Tribuna, porém, fui além. Pedi que o Congresso Brasileiro não aprove o ingresso da Venezuela como país-membro do Mercosul. Atualmente, os venezuelanos integram o bloco na condição de convidados, sendo necessária a aprovação pelos Congressos de Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil para que sejam admitidos plenamente no Mercosul. No momento, somente os uruguaios aprovaram a indicação, enquanto nos demais países o tema aguarda por análise dos seus legislativos.
Nada tenho contra os venezuelanos, pelo contrário, sei da luta desse povo por melhores condições de vida e a generosidade de sua gente. Entretanto, tenho tudo contra presidentes/ditadores que não entendem que a liberdade de expressão e a democracia são conquistas inegociáveis de seu povo. Toda vez que alguém tenta calar a imprensa, como Hugo Chávez o fez e segue ameaçando outras emissoras, até mesmo internacionais, os valores decomocráticos são ameaçados e é preciso reagir.
Exercitar o contraditório, até mesmo em uma "democracia bolivariana", é fundamental. E Hugo Chávez, ainda que não queira, precisa saber disso.
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