A chegada do Papa Bento 16 ao Brasil suscitou o debate em torno do aborto.
O Sumo Pontífice condenou qualquer proposta a respeito desse tema e declarou que quem o propõe deve ser excomungado.
Entendo as razões do Papa, mas acredito que a Igreja e governos têm um papel decisivo na construção da paternidade e da maternidade responsáveis.
Mesmo que a Igreja se recuse a discutir a importância da camisinha na prevenção de doenças, como a Aids, o sexo seguro é uma necessidade nos dias de hoje, ao mesmo tempo em que o planejamento familiar deveria ser uma prioridade de todos, sociedade, religiosos e governo.
Tenho o maior respeito pelo papa. Mas acho que a Igreja tem que ser a Igreja do perdão, da inclusão. O papa poderia se preocupar com os milhões de desvalidos da América Latina, que é uma questão muito maior do que ser favorável ou contrário ao aborto.
O papel da Igreja e de governos deve ser o de ajudar na construção do Mundo idealizado por Cristo. E essa tarefa passa, necessariamente, pela revisão de antigos dogmas: entre eles a camisinha e o planejamento familiar.
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