A primeira sessão do Parlamento do Mercosul, marcada para a próxima segunda-feira 07 de maio, em Montevidéu, representa um marco histórico para a integração dos países do Sul.
Não imagino integração sem a participação do Parlamento, pois o Legislativo é um dos pilares da democracia. Acredito sinceramente que a participação de parlamentares de todos os países será decisiva a fim de que possamos aprofundar esse processo.
Tive a satisfação de presidir a Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul entre 2001 e 2002, e estarei presente no ato de instalação na capital uruguaia. A sessão está prevista para o plenário da Assembléia Nacional do Uruguai, às 15h.
Participam da reunião parlamentares do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, como membros plenos, e da Venezuela. Os venezuelanos terão assento no Parlamento do Mercosul ainda na condição de membros em processo de adesão, com direito a voz.
Até 2010, cada país realizará eleição para indicar seus representantes, quando, enfim, teremos a conclusão dessa fase de instalação.
Muito se tem cobrado do Mercosul nos últimos anos. Alguns críticos chegaram a duvidar de sua continuidade e, não raro, fizeram pouco caso para os avanços no bloco. As críticas, em determinados momentos, têm sentido. Em outros, soam como desconhecimento.
Não há como cobrar dos sul-americanos os mesmos resultados do Velho Continente, por exemplo. A União Européia recentemente comemorou 50 anos de integração e, mensalmente, se depara com o desafio de harmonizar contenciosos e avançar.
Conosco não está sendo e não será diferente. O Mercosul tem pouco mais de 15 anos, mas com o tempo, e na medida em que formos compreendendo que a integração é um processo irreversível, vamos criar uma consciência "mercosulina". Para isso, será preciso muita paciência e a certeza de que, maior que nossas divergências, são os objetivos que nos unem na América do Sul.
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