Ontem, durante todo o dia tentei convencer o relator do Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 01/07, senador Francisco Dornelles (PP), a aceitar uma emenda de minha autoria, que reservava 25% dos recursos do Projeto Piloto de Investimentos Públicos (PPI) para serem aplicados por estados e municípios em segurança pública e infra-estrutura. O projeto reduziu o superávit primário e aumentou os recursos do PPI de R$ 4,59 bilhões para R$ 11,28 bilhões.
Minha emenda destinava cerca de R$ 2,8 bilhões desse valor à segurança, mas foi rejeitada pela base governista. A liderança do governo argumentou que o Executivo deve lançar em breve um novo Plano Nacional de Segurança, sem a necessidade de recursos do PPI. Não há como se conformar com essa desculpa esfarrapada.
Qual a sinceridade de propósito do presidente Lula quando diz que Segurança é prioridade, mas na hora de alocar recursos o governo manda a base votar contra a proposta?
Para se ter uma idéia da realidade, em 2006 apenas 32% dos recursos destinados ao Fundo Nacional de Segurança foram efetivamente utilizados. Falta boa vontade, ou como diria o PT em outros tempos, vontade política para aprovar verbas para uma das áreas mais sensíveis e caras à sociedade brasileira.
Até quando?
quinta-feira, 17 de maio de 2007
Segurança: retórica e realidade de Lula
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