domingo, 1 de abril de 2007

Sem dia e hora para acabar

O presidente Lula chega hoje ao Brasil e promete que, até terça-feira, será apresentada uma solução definitiva para o caos aéreo no País.

Não é a primeira vez que o presidente faz essa promessa ou define data para a bagunça nos aeroportos acabar. Ontem foi mais um dia trágico em todos os aeroportos. Vôos foram cancelados, atrasos se confirmaram, malas foram perdidas, passageiros receberam informações desencontradas e o mais trágico neste imbroglio todo - uma pessoa morreu vítima de infarto, após passar a noite no aeroporto Afonso Pena, em Curitiba. É mais uma vítima do descontrole aéreo e que se soma às 154 pessoas mortas no acidente do boieng da Gol, em setembro passado.

No campo econômico, a Imprensa traz a notícia de que as empresas aéreas estão buscando junto ao governo ressarcimento de R$ 100 milhões, em virtude dos constantes atrasos e custos extras, como combustível, pessoal e manutenção, entre outros.

Já na Aeronáutica, como escrevi neste espaço ontem, as fissuras vão prosseguir. O comando foi humilhado por Lula após ter dado a ordem de prender os controladores amotinados e o presidente determinar o contrário. A quebra da hierarquia, ponto-chave na carreira militar, acabou por determinar o afastamento da Força Aérea Brasileira (FAB) do controle do tráfego aéreo civil e as relações entre subordinados e chefia, que não eram boas, tende a piorar.

Tenho informações de que a situação não está normalizada. Mais: caso o governo não cumpra o acordo assinado pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, teremos novos problemas já no início da semana do feriadão da Páscoa. Mesmo que hoje seja primeiro de abril, o Brasil não pode mais continuar fazendo papel de bobo na aviação civil.

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