Viajo para Brasília nesta segunda-feira ainda sem saber em que horário chegarei a Capital Federal. Tenho vôo programado para as 6h45min, mas assim como todos os brasileiros, estou refém de um sistema aéreo caótico, que a cada dia comprova estar no limite de sua capacidade, sem que os responsáveis pela área apresentem soluções definitivas.
Quando chegar, vou me reunir com os líderes do PSDB, PPS e DEM para tratar da crise aérea no País. Entendo que oposição e base do governo precisam ver de que maneira podem colaborar para restituir o mais rápido possível a credibilidade e a operacionalidade do controle de tráfego aéreo brasileiro.
A agenda política dessa semana passa, necessariamente, pelo caos aéreo, sob pena de termos novas dificuldades na véspera da Páscoa.
Já na terça-feira acontece a reunião do Colégio de Líderes, na sala do presidente Arlindo Chinaglia. Esse encontro, tradicionalmente, define a semana de trabalho da Casa, por isso vou apresentar a proposta de instalação imediata da CPI do Apagão Aéreo. Não há mais o que esperar. A gravidade dos fatos e o risco de perdermos novas vidas diante da permanência da bagunça instalada, exige que abramos a caixa preta do sistema aéreo brasileiro.
Caso a base do governo rejeite a proposta, quero visitar a presidente do Supremo Tribunal Federal, Hellen Gracie, a fim de solicitar a antecipação da reunião do pleno para decidir sobre a instalação da CPI. Inicialmente, o STF deve se reunir no final de abril para tratar da questão. Contudo, entendo que este prazo pode ser revisto em face do quadro de calamidade nos aeroportos do País. Estamos diante de uma crise extrema, e crises desta natureza exigem uma resposta firme de todos, de modo muito particular do Parlamento, pois a sociedade está a exigir isso.
Essa situação já se prolongou demais. A Câmara precisa fazer sua parte. CPI Já!
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