terça-feira, 27 de março de 2007

Apagão e falta de gestão

A manchete do jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira dá a real dimensão da incompetência do governo Lula para resolver a questão do caos aéreo no país. Durante 30 dias o equipamento que permite pousos e decolagens sob neblina esteve queimado em Cumbica, gerando transtornos para usuários e incontáveis prejuízos ao País, em especial à indústria do Turismo.

Isso denota a falta de gestão nos órgãos responsáveis pelo transporte aéreo brasileiro. Será que para o conserto de um equipamento indispensável à segurança do sistema é necessário um mês para se tomar providências? Será que não há uma pessoa capaz de chamar a responsabilidade para si e resolver o problema? Onde está o comando? E os homens que estão na linha de frente?

Em vez de resolver a situação, o que faz o governo e aqueles que comandam o transporte aéreo no Brasil? Buscam culpados. Desde setembro do ano passado - portanto há seis meses - controladores culpam o governo, que culpa a falta de sorte, que culpa a sobrecarga no sistema, que culpa a chuva, a neblina, um cachorro que atravessou a pista, um raio....

O que se verifica neste imbroglio todo é que se há um culpado neste episódio todo é o próprio presidente Lula, que entregou a gestão de um sistema vital a ineptos. No Brasil de hoje, basta fazer parte da base aliada para ser aquinhoado com uma fatia do governo. Experiência, conhecimento ou competência não são exigidos - apenas votos no Congresso. Enquanto Lula tiver como critério de escolha de seus assessores o número de parlamentares cooptados, seguiremos vivendo um verdadeiro apagão de competência em áreas sensíveis, como é o caso da Infraero, Ministério da Defesa e ANAC.

Afinal, segundo palavras do próprio presidente ao dar posse a seu novo ministério, "com Saúde e Educação não se brinca". Pelo visto - e o presidente dá provas disso a cada dia - com todas as demais pastas e órgãos do governo, Lula se permite "brincar". Estão brincando com os brasileiros nos aeroportos, só pode ser isso - há quase meio ano....

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