quarta-feira, 4 de julho de 2007

Reforma e financiamento público parcial

A Câmara Federal deve apreciar hoje uma forma mista de financiamento das campanhas eleitorais, dentro da proposta de reforma política. A idéia é gastar R$ 5,00 por eleitor na eleição para presidente, governador, senador e prefeito, ficando as proporcionais – vereadores, deputados estaduais, federais e distritais -, de fora.

Os defensores da medida dizem que esse financiamento diminuiria um pouco a proximidade do governo com as empresas. Pode até ser, mas destinar R$ 630 milhões de impostos para campanhas, neste momento, soa como um deboche à sociedade.

È preciso levar em conta que já há destinação de valores aos partidos via fundo partidário. Além disso, o distinto público é obrigado a pagar a conta da eleição com a “campanha eleitoral gratuita” em rádio e televisão, uma vez que as emissoras são ressarcidas pelo governo dos valores destinados ao espaço político pela lei eleitoral.

Por tudo isso, o PSDB já se manifestou frontalmente contrário ao financiamento público parcial ou total, por entender que essa medida é uma aberração e deixa de atender os interesses da sociedade. Reforma política precisa ir além do tema do financiamento das campanhas eleitorais.Em um País carente de recursos para as áreas sociais, destinar verbas públicas para campanhas políticas é um despropósito. Ou seja, não há almoço de graça – alguém paga a conta. E esse alguém somos nós, é o povo brasileiro.

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